As discussões sobre os caminhos para encontrar o ponto G feminino podem ter sido todas em vão. O pontinho, no meio do alfabeto que é o corpo da mulher, foi "descoberto" há mais de 50 anos pelo pesquisador Ernst Gräfenberg.
Mas agora, um grupo de pesquisadores britânicos, na King’s College London, garante que ele não existe!
A pesquisa, publicada no "Journal of Sexual Medicine" no início de janeiro, foi feita com 1,8 mil britânicas e suas irmãs gêmeas, entre 23 e 83 anos, na intenção de descobrir se a zona erógena mais famosa do mundo realmente existia. Para essa turma, não há evidências biológicas de que o ponto esteja no corpo da mulher. E pode ser tudo uma invenção meramente cultural.
O geneticista Tim Spector, co-autor do estudo, disse ao jornal "Times of London" que as mulheres até podem insistir que têm um ponto G, mas isto pode estar mais ligado à dieta ou à rotina de exercícios. "A verdade é que é virtualmente impossível encontrar traços fisiológicos que realmente comprovem que esta zona erógena exista. Este é, sem dúvida, o maior estudo sobre o tema, e o resultado sobre a não existência do ponto G é conclusiva", afirmou.
A pesquisa foi feita com irmãs gêmeas por que, assim, ficaria mais fácil encontrar possíveis diferenças - já que nas gêmeas idênticas, por exemplo, todos os genes são iguais. Pela lógica, se uma irmã tiver o ponto G, é muito provável que a gêmea também tenha. O problema é que, segundo Spector, não houve um padrão entre as participantes do estudo. Ele garante que as mulheres que afirmam ter o ponto provavelmente sentem mais prazer também em outras partes do corpo, são jovens e costumam ser bem-resolvidas sexualmente.
Andrea Burri, que coordenou o estudo, acha a pesquisa um avanço - e um alívio. Segundo ela, a descoberta tira um peso das costas das mulheres e dos homens que se sentem pressionados a encontrar o ponto G.
A sexóloga Beverley Whipple, entusiasta do ponto G, afirmou que o trabalho feito no college londrino é falho. Ela diz que os pesquisadores não levaram em conta as experiências homossexuais e bissexuais e não consideraram os efeitos de diferentes parceiros que, cá entre nós, faz mesmo uma super diferença.
A sexóloga Beverley Whipple, entusiasta do ponto G, afirmou que o trabalho feito no college londrino é falho. Ela diz que os pesquisadores não levaram em conta as experiências homossexuais e bissexuais e não consideraram os efeitos de diferentes parceiros que, cá entre nós, faz mesmo uma super diferença.
Até então, tudo indicava que o ponto G ficava na parte interna da vagina - em um tecido entre a uretra e a vagina -, teria não mais de 2,5 centímetros e seria o grande responsável pelos maiores e mais intensos orgasmos femininos.
Em 2008, uma pesquisa italiana afirmou que era possível determinar facilmente a localização do ponto G através de uma ultra-sonografia. Na época, especialistas se posicionaram questionando os resultados da pesquisa. E agora? No alfabeto do seu corpo, já descobriu onde está seu ponto G?
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