Ambiente, iluminação, palavras, toques. Tudo é importante para criar um clima e aproveitar as preliminares antes da relação sexual.
A opinião de uma estudante de psicologia , é a mesma de muitas mulheres: o que acontece antes do sexo pode influenciar no prazer do casal. “As preliminares são muito importantes e, às vezes, vão refletir no orgasmo que vai acontecer lá na frente. Nada melhor do que ter tempo para curtir o momento”, diz ela.
Oswaldo Rodrigues Jr., psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade, afirma que várias pessoas, especialmente os homens, enxergam a relação sexual apenas como o “momento que interessa”, ou seja, quando existe a penetração. “Isso supõe que as pessoas envolvidas já estão com desejo sexual e em plena excitação sexual, configurando a possibilidade de penetração”, diz.
Para um homem, por exemplo, as preliminares são importantes para ampliar e intensificar a excitação sexual. Outro fator favorável é que, com essa preparação antes do ato, ele pode desenvolver controle sobre a sua ejaculação.
Já para a mulher, que precisa de um tempo maior para se excitar, com as preliminares que o desejo sexual se inicia e o corpo se prepara para o ato. “Para muitas mulheres, sem as preliminares o desejo sexual não se desenvolve. E isso não permite que exista uma penetração adequada e coerente com o funcionamento fisiológico. Nessa situação, a mulher está indo para o sexo como se fosse um homem sem ereção peniana”, declara o especialista.
O psicólogo diz ainda que a duração das preliminares varia de cinco minutos até uma hora. Quando o casal é mais jovem, elas costumam ser mais rápidas. O importante é que o tempo seja suficiente para que os dois se encontrem no momento onde o desejo sexual está explícito. “Isso implica em autoconhecimento de vontades e necessidades, além dos processos de excitação sexual e obtenção de prazer. O conhecer-se é necessário nesse momento”, diz Oswaldo Rodrigues Jr.
Além disso, é necessária muita sedução: conversas, olhares, toques e palavras, para que haja intimidade entre os parceiros. “Muitas pessoas têm vergonha de dizer o que precisam e o que prejudica sexualmente. Outras acreditam que não precisam dizer nada, pois o outro ‘já sabe’. Ninguém lê pensamento. O outro precisa ser dirigido ou pagamos o preço de não termos prazer. E aí, não adianta culpar o outro”, finaliza o especialista.
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